A China manifestou hoje “firme oposição” às operações militares de Israel contra o Hamas em Gaza e a que “qualquer das partes envolvidas atice o conflito”, após a visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, a Israel.
O porta-voz da diplomacia chinesa Lin Jian afirmou em conferência de imprensa que Pequim “condena todos os atos que prejudicam civis e violam o direito internacional” e disse estar “profundamente preocupada com a escalada de tensões”.
Lin instou Israel “a atender aos enérgicos apelos da comunidade internacional e a pôr fim imediato às operações militares em Gaza”, para alcançar “um cessar-fogo integral e duradouro o mais cedo possível” e evitar uma crise humanitária de maior escala.
“Esperamos que todas as partes deem prioridade à paz e à estabilidade regionais, mantenham uma posição imparcial e uma atitude responsável e desempenhem um papel construtivo”, acrescentou.
Lin reagia a declarações de Rubio que na terça-feira disse que as forças israelitas “começaram a levar a cabo operações” na cidade de Gaza e advertiu que resta “pouco tempo para chegar a um acordo” de cessar-fogo.
“O prazo já não se conta em meses, mas provavelmente em dias e talvez poucas semanas”, afirmou Rubio, referindo-se à possibilidade de uma trégua para a Faixa de Gaza, onde o Exército israelita combate desde 2023 o movimento islamita Hamas, responsável pelos piores ataques terroristas em solo israelita, que mataram mais de 1.200 pessoas e raptaram mais de duas centenas.
Segundo os islamitas, a retaliação israelita já matou cerca de 65.000 pessoas em Gaza.
As declarações do chefe da diplomacia norte-americana surgem depois de Israel ter intensificado os bombardeamentos sobre o território, sobretudo na cidade de Gaza, na véspera de uma ofensiva terrestre contra a capital.
Desde a escalada do conflito, a China tem sublinhado a necessidade de aplicar a solução de dois Estados.














